sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A negra realidade dos negros no mundo

O dia da consciência negra pode ate soar meio racista para quem não pensa na injustiça que milhares de brasileiros sofrem por conta da cor de sua pele, dizer que no Brasil não existe racismo é querer tampar o sol com a peneira, percebemos essa falha em nosso sistema social, os dados estatísticos revelam que os negros ainda ocupam os mais baixos cargos nas empresas, e ainda são minoria nas vagas das universidades.
E diariamente se procurarmos na mídia ou na própria sociedade, percebemos que a cor da pele influencia desde um simples atendimento em estabelecimentos comerciais até nos processos seletivos das empresas, nas decisões judiciais e não podemos esquecer que um negro só tem prioridade quando se trata de uma batida policial o motivo pelo qual os negros só são maioria nos presídios.
Mas as injustiças que os negros sofrem não começaram hoje nem à poucos anos, no ano 1840 o professor H. Merivale redigiu as seguintes perguntas a seus alunos: “O que transformou Liverpool e Manchester de cidades provincianas em cidades gigantescas? O que mantém hoje sua industria sempre ativa e sua rápida acumulação de riqueza?” a resposta para essas perguntas era uma só: “Sua presente opulência se deve ao trabalho do negro, como tivessem construído suas docas e fabricado suas máquinas a vapor.”
Nossos colonizadores os portugueses foram os pioneiros na pratica abominável de abduzir africanos de suas terras e os comercializarem como escravos já no inicio do século XVI, seguidos imediatamente pelos outros países “civilizados” da Europa. O primeiro escravo levado aos EUA chegou numa embarcação holandesa, em 1619.
O inglês John Hawkins fez nome na corte britânica traindo e apoderando-se de negros africanos e os vendendo como “matéria prima” no trabalho das plantações do Novo Mundo, esse negocio lhe rendeu uma “consagração” a “cavaleiro real”, pela “Boa Rainha Bess”. Mais tarde seu próspero e lucrativo negocio despertou o interesse da Rainha Elizabete que se tornou sócia de qualquer lucro, no futuro. E apresentou um segundo navio para a segunda expedição de Sir John Hawkins, é valido lembrar que o nome desse navio era “Jesus”.
Os escravos construíram o novo mundo com trabalho, suor e muito sangue derramado nos troncos onde recebiam chibatadas como paga por seus trabalhos, mas isso não foi o suficiente, hoje um negro não pode ser escravizado, mas será que as oportunidades que a sociedade lhe impõe não estão longe da escravidão? Com o fim da escravidão o negro foi marginalizado não porque queira, mas foi empurrado por uma sociedade racista e preconceituosa a não ter escolha uma vez que pra sobreviverem são obrigados a escolher entre um salário e tão humilhante quanto o cargo que ocupam nas empresas ou viver perigosamente na criminalidade devido a falta de boas oportunidades na vida.

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